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Diocese de Limoeiro e Cáritas Ceará acompanham impasse sobre a destinação de terras na Chapada do Apodi

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A ocupação por parte de famílias na área conhecida como perímetro irrigado Jaguaribe Apodi tem gerado uma intensa disputa de território. As famílias, que estão no local desde 2014 tem o objetivo de cultivar a terra e colher seu próprio alimento com a formação de uma comunidade na Chapada do Apodi. As terras são do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), que chegou a destinar mais de 1.000 hectares de terra para a comunidade, mas voltou atrás da decisão.

Na última semana, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região suspendeu uma ordem de reintegração de posse, marcada para esta quinta-feira, 8 de junho. O espaço é visto por entidades como vulnerável a ataques. Com isso, para repercutir o assunto e ampliar as discussões da reintegração de posse do DNOCS sobre perímetro irrigado Jaguaribe Apodi, a Diocese de Limoeiro, em conjunto com a rede Cáritas Ceará realizou nesta terça-feira, um encontro na sede da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) em Fortaleza, para esclarecer o estado que vivem os moradores da região.
O bispo da diocese de Itapipoca, Dom Antônio Roberto Cavuto participou da coletiva e compara a disputa na chapada do Apodi com a passagem bíblica de Davi contra Golias.

As mais de 100 famílias que vivem atualmente no local são assistidas pela Defensoria Pública da União e contam ainda com a assistência da Ordem dos Advogados do Brasil. A representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE, Isabel Cecília, revela que o órgão participou das negociações para evitar as agressões às famílias que estão no local e deve intensificar a defesa da comunidade.

Uma das coordenadoras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Estado Ceará, Antônia Ivoneide Melo destaca que o momento é de insegurança e medo do que pode a acontecer com a comunidade.

A Defensoria Pública da União continua assistindo toda a movimentação na Chapada do Apodi, que espera que a situação seja resolvida e as famílias ganhem o direito sobre a terra o quanto antes, na justiça.
Foto: Otávio Nogueira / Flickr

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