SÉRIE: DOM BOSCO E OS PAPAS: Papa Francisco

A sintonia entre o Papa Francisco e Dom Bosco é evidente. Ambos vieram do povo, amam os pobres e creem numa Igreja em saída, feita de gestos simples e profundamente evangélicos. Francisco, sendo latino-americano, conviveu de perto com a presença vibrante da Família Salesiana na Argentina e no continente. Seu coração pastoral carrega muito do espírito salesiano.

Ao visitar Valdocco em 2020, o Papa Francisco confidenciou: “Dom Bosco continua falando com a vida. Aquele oratório de portas abertas, onde todos eram acolhidos, é um modelo para a Igreja de hoje”. O Papa destacou que Dom Bosco não formava elites, mas corações. E que sua alegria era profundamente missionária.

Durante o Capítulo Geral 28 dos Salesianos, Francisco escreveu uma carta intitulada “Carta de um padre aos seus irmãos”, na qual exortava os salesianos a serem “profetas da fraternidade, da alegria e da ternura”. Ele reconhece que Dom Bosco não oferecia soluções mágicas, mas um caminho espiritual concreto, vivido com coragem no meio dos jovens mais abandonados.

A forte ênfase do Papa na misericórdia, na escuta e no cuidado com os descartados do mundo ressoa com a pedagogia salesiana. Francisco costuma dizer que “educar é um ato de amor” — e Dom Bosco transformou isso em um sistema completo, baseado no afeto e na vigilância amorosa.

No coração do Papa Francisco, Dom Bosco não é apenas um educador ou um sacerdote santo. É uma profecia viva para uma Igreja mais simples, mais próxima e mais cheia de esperança.