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O segredo sagrado do Conclave

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Um dos aspectos mais solenes e misteriosos do Conclave é o sigilo absoluto que o envolve. Esse silêncio não é um mero formalismo: é expressão da consciência profunda de que a eleição de um Papa é ato sagrado, realizado sob a moção do Espírito Santo e não segundo interesses humanos. Por isso, a Igreja impõe regras rigorosas para garantir que nenhum tipo de pressão, influência externa ou manipulação possa interferir nesse processo tão vital para sua missão.

A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por São João Paulo II, reforça: “Confirmo, com a minha autoridade apostólica, o dever do mais rigoroso segredo sobre tudo o que diga respeito, direta ou indiretamente, às operações mesmas da eleição”. Já Bento XVI, com o Motu Proprio Normas Nonnullas, determinou penas severas para quem violar esse segredo, incluindo a excomunhão latae sententiae (automática).

Todos os cardeais eleitores, bem como qualquer outro colaborador admitido no Conclave, fazem um juramento solene sobre os Santos Evangelhos, comprometendo-se a não revelar, sob hipótese alguma, o que foi dito, feito ou decidido durante o Conclave. Esse compromisso permanece válido por toda a vida.

A Capela Sistina, local da eleição, é cuidadosamente inspecionada antes do início da votação. Especialistas técnicos examinam o ambiente para impedir qualquer dispositivo de gravação ou transmissão. O acesso é restrito. Uma vez iniciado o processo, o cerimonial proclama Extra Omnes (“Todos para fora”), e apenas os cardeais e o pregador permanecem.

Esse sigilo protege a liberdade dos eleitores e a sacralidade do processo, garantindo que o novo Papa seja escolhido não por pressão humana, mas pela ação divina, em oração e comunhão com toda a Igreja.

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Imagem: IA Setor de Produção – FM Dom Bosco

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