Centro Cultural Canindezinho planeja gestão compartilhada e prepara agenda especial para o Dia Internacional das Juventudes

Nesta quarta-feira, 04 de agosto, acontecerá a 3ª Oficina da Mobilização Social do Centro Cultural do Canindezinho. O momento será um dos principais desde o início dos encontros para articulação e mobilização social do território. O Diretor de Promoção de Direitos Humanos e Cultura da Rede Cuca, Caiubi Mani ressalta que o objetivo será trabalhar a concepção de gestão compartilhada do equipamento. “Quando falamos em processos de gestão compartilhada, existem diversas formas disso acontecer. Metodologias diferentes podem ser aplicadas a depender do conceito adotado e das expectativas geradas. Por isso, primeiramente, pretendemos discutir sobre esse conceito que vamos adotar e trabalhar, a partir do consenso, de forma a pactuar coletivamente o formato e a metodologia que mais se adéqua ao território e suas representatividades”, explica Caiubi.

O equipamento que foi Inaugurado em dezembro de 2020 é uma contrapartida da operação Urbana Consorciada do Atacadão da Osório de Paiva. Atualmente, as atividades esportivas foram retomadas, com a redução de participantes. O Centro também está organizando a programação cultural e artística para o retorno presencial dos cursos. Para celebrar o Dia Internacional das Juventudes, em 12 de agosto, a Rede Cuca irá organizar uma programação especial. A agenda de agosto contará com a realização de atividades do Cuca Ambiental, atividades de testagem em IST’s, atividades de promoção de saúde e promoção de direitos humanos e programações do Viradão da Juventude. Além disso, será dada continuidade das oficinas de mobilização social e gestão compartilhada. Está prevista ainda uma programação de oficinas artísticas presenciais, no dia 13 de agosto, de 14h às 17h, iniciativa do Grupo Jovens Agentes de Paz que passaram no Bolsa Jovem, programa da Prefeitura de Fortaleza para incentivar jovens artistas.

Segundo Caiubi Mani, a gestão compartilhada traz a possibilidade da construção coletiva para o equipamento, no caso o Centro Cultural Canindezinho.  “Essa construção coletiva é, para além de um benefício para a própria comunidade em termos de participação social, uma forma de valorizar o fazer conjunto, a integração, a diversidade e pluralidade de ideias. Mas, pensar um modelo de gestão compartilhada é um grande desafio e que só pode ser superado na medida em que as partes (gestão do equipamento e comunidade) se dispõem a quebrar as barreiras da institucionalidade para construir um processo mais orgânico de gestão”, acredita o diretor. Ainda de acordo com Caiubi Mani, é preciso haver espaço para flexibilização no modus operandi do equipamento tanto quanto é necessário que a comunidade entenda as possíveis limitações do próprio equipamento quando se trata de fazer esse tipo de mudança, por isso, a importância de promover um diálogo aberto, sincero e permanente entre todes.

Para Ingrid Rabelo, assessora de Juventudes do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza, a participação e articulação comunitária é importante para pensar uma gestão compartilhada do equipamento. “O CDVHS está otimista com essa construção comunitária e acredita que o Centro Cultural do Canindezinho já coloca esse conceito de gestão em prática a partir do momento que se volta às necessidades da comunidade. Por exemplo, apesar de ser uma política pública para as Juventudes, percebendo as faixas etárias no território, o equipamento também desenvolve atividades para crianças a partir de 08 anos de idade, para jovem de 15 a 29 anos e também realiza aula de ritmos para mulheres de todas as idades. E esse modelo de gestão vai possibilitar ainda mais avanços nesse sentido”, destacou. Ingrid Rabelo afirma que a Cultura precisa ser compreendida como política de prevenção à letalidade juvenil.  “Ainda precisamos refletir que a gestão compartilhada é mecanismo de monitoramento popular da política pública. Por isso, a Prefeitura precisa garantir recursos contínuos para que as atividades aqui no Canindezinho e em outros equipamentos sejam mantidas”, ressaltou a assessora de Juventudes.

Mais sobre o Centro Cultural

O Centro Cultural Canindezinho possui quadra poliesportiva coberta e quadra de futsal, academia ao ar livre, anfiteatro, parque infantil, academias de dança e artes marciais mistas, salas multiuso, bloco educacional e sala de leitura. Além disso, atende às normas de acessibilidade e conta com espaços para horta comunitária e farmácia viva.

Escolhido pela comunidade como uma prioridade para a aplicação dos recursos da contrapartida da Operação Urbana Consorciada (OUC – Osório de Paiva), o espaço teve um investimento em torno de R$ 2,8 milhões e possui uma área de 7.638,70 m². O terreno onde está instalado o equipamento cultural foi doado à Prefeitura de Fortaleza visando implantar a contrapartida da OUC na poligonal, e em retorno, conforme a Lei nº 10.403, de 3 de outubro de 2015, viabilizou a instalação do supermercado Atacadão.

Localização

Endereço: Avenida General Osório de Paiva, 6297 – Canindezinho (ao lado do supermercado Atacadão)