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Cinema do Dragão inicia ciclo de debates virtuais sobre curadoria na próxima segunda-feira (22)
Com os efeitos da pandemia de Covid-19 e a necessidade do isolamento social, o cinema sofreu um grande impacto, causado em parte pelo fechamento das salas de exibição, adiamento de vários lançamentos comerciais e pela impossibilidade de continuar filmando nos mesmos moldes de antes. Esse cenário reconduziu a atenção dos profissionais da área para a urgência da migração dos conteúdos audiovisuais para as plataformas digitais e para a formulação e o aperfeiçoamento de novas estratégias de mediação com o espectador.
Pensando nisso, o Cinema do Dragão, atualmente com as salas físicas fechadas em respeito ao decreto que determina o isolamento social rígido em Fortaleza, lança o “Percursos Curatoriais”, um ciclo de debates-entrevistas virtuais concebido para provocar reflexões sobre o atual estado da atividade curatorial no Brasil. Para discutir o tema, o Cinema receberá, a cada edição, um expert brasileiro de cinema para debater sobre curadoria a partir das suas experiências e pesquisas. As conversas acontecerão entre 22 e 31 de março, sempre a partir das 16h, ao vivo, no canal do Dragão do Mar no YouTube (youtube.com/dragaodomarcentro
O ciclo de debates busca explorar as potencialidades da curadoria para além do gesto da seleção e da composição de filmes numa grade de programação, além de investigar como a atividade curatorial pode contribuir para a formação de uma rede discursiva autônoma e para a emergência de novos modelos de experimentação e criação.
“O projeto surge a partir do desejo de pôr em discussão as infinitas possibilidades e percursos da curadoria nos âmbitos dos festivais e das mostras de cinema no Brasil, abordando também o universo das salas de exibição (particularmente das salas com perfil de formação de plateia) e das instituições voltadas para a difusão e preservação do audiovisual brasileiro, compreendendo o caráter multidisciplinar do trabalho do curador e os seus inevitáveis cruzamentos com a pesquisa, a crítica e a docência”, afirma Azevedo.
Por Rebeca Quirino
*Imagem de capa: Pedro Azevedo