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Ceará

Bancos de Leite Humano do Ceará precisam de doação

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Após o período de festas de final de ano e com a proximidade do Carnaval, as doações de leite humano tendem a diminuir. A redução na quantidade dessa arrecadação para processamento reflete diretamente nos Bancos de Leite do estado e no fornecimento aos bebês internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (Utins), em especial aos prematuros. No Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa) em Sobral, a necessidade é de 60 litros por mês, mas o estoque de leite conta atualmente apenas com 18 litros, com queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando havia 21 litros disponíveis. O banco de leite funciona 24h, com atendimento à população em horário comercial.

Na rede pública de saúde estadual, a população tem uma estrutura de assistência e incentivo ao aleitamento por meio dos Bancos de Leite Humano. Além do HRN, contam com BLH o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) e o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza. Além disso, há postos de coleta no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) e no Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA), na capital cearense, além de no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim.

A coordenadora interina do Banco de Leite Humano (BLH) do HRN, Aline Costa, ressalta que a maior parte das doações vem das visitas domiciliares, ocasião em que uma equipe vai à casa das puérperas para recolher o leite doado. No último trimestre do ano de 2023 foram registradas 65 visitas domiciliares, uma queda de 43% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando tinham sido registradas 114. “Tanto no período de férias quanto durante o Carnaval muitas mães viajam e deixamos de arrecadar, em especial com a doação domiciliar, nosso carro-chefe nas doações”, avalia.

Ambulatório de Aleitamento Materno

O Banco de Leite Humano (BLH) do HRN conta com o Ambulatório de Aleitamento Materno, serviço voltado ao incentivo da amamentação. Para pacientes egressos da internação no HRN, é realizada a puericultura, que acompanha o crescimento e a evolução neurológica do bebê, além de abordar questões relacionadas ao aleitamento, às principais dificuldades e como contorná-las. O ambulatório conta, ainda, com atendimento em Enfermagem, que contempla o público geral. Em todo o ano passado, foram registrados 33 atendimentos. “É um serviço gratuito e disponível a todas as gestantes ou puérperas em dificuldades com a amamentação”, ressalta Costa. Ela lembra os benefícios da amamentação para o bebê e para a mãe: “melhora a imunidade e protege os pequenos contra adoecimentos, fortalece os vínculos afetivos, reduz o risco de câncer de mama ou ovário, além de ser mais econômico”.

Ambulatório de aleitamento materno foi fundamental para Antônia Flaviana conseguir amamentar 

Logo ao nascer em outro hospital, Benício, de pouco mais de 2 meses, precisou tomar fórmula infantil. Depois de passar pela consultoria do Ambulatório de Aleitamento Materno do HRN, a mãe do bebê, a dona de casa Antonia Flaviana Eugênio Silva, 32, começou a amamentar exclusivamente e até conseguiu doar o leite materno excedente. “É muito melhor, ele ganha peso mais rápido. Agradeço por terem esse serviço aqui”, diz animada.

A rede de apoio familiar é importante para manter a amamentação

A empreendedora Olívia Maria Barros Ferreira, 21, mãe de Miguel, de 2 meses, também é acompanhada pelo ambulatório e consegue amamentar exclusivamente. “É muito importante a amamentação porque tem todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do meu filho”, diz. O esposo de Olívia, o autônomo Maik Fernandes, 30, ressalta a importância de participar desse processo de amamentação. “É extremamente importante. O pai tem que ajudar a mãe em tudo”, diz.

Para doar ao HRN, basta entrar em contato com o Ambulatório de Aleitamento Materno pelos números (88) 3677-9411 ou enviar mensagem, via WhatsApp, para (88) 98869-5352. Já os contatos do Banco de Leite Humano são (88) 3677-9467 e (88) 98883-4079.

HGCC também registra baixa

O Banco de Leite Humano do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), equipamento da Sesa, é referência estadual. Atua no incentivo ao aleitamento materno e à doação de leite humano. Com funcionamento 24 horas, o banco possui uma equipe especializada para realizar o atendimento no local ou ainda por telefone e aplicativo de mensagem.

Diariamente, a necessidade de leite para atender todos os bebês internados, é de 10 litros. No período que antecede o Carnaval e ainda durante a folia, as doações costumam diminuir. Para não faltar, é preciso garantir um estoque seguro.

“Qualquer mãe que está amamentando, não importa se ela tem muito ou pouco leite. O pouquinho que sobra, cada vez que ela amamenta, ela (a mãe) vai tirando e acondicionando em vidro, do tipo café solúvel, e vai guardando no congelador da sua casa. Ela anota o primeiro dia e vai juntando. Quando o vidro estiver quase cheio, ela liga para o banco de leite e uma equipe vai buscar na casa da doadora”, explica Rejane Santa, coordenadora do Banco de Leite.

O Banco de Leite Humano do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), equipamento da Sesa, é referência estadual. Atua no incentivo ao aleitamento materno e à doação de leite humano. Com funcionamento 24 horas, o banco possui uma equipe especializada para realizar o atendimento no local ou ainda por telefone e aplicativo de mensagem.

Diariamente, a necessidade de leite para atender todos os bebês internados, é de 10 litros. No período que antecede o Carnaval e ainda durante a folia, as doações costumam diminuir. Para não faltar, é preciso garantir um estoque seguro.

“Qualquer mãe que está amamentando, não importa se ela tem muito ou pouco leite. O pouquinho que sobra, cada vez que ela amamenta, ela (a mãe) vai tirando e acondicionando em vidro, do tipo café solúvel, e vai guardando no congelador da sua casa. Ela anota o primeiro dia e vai juntando. Quando o vidro estiver quase cheio, ela liga para o banco de leite e uma equipe vai buscar na casa da doadora”, explica Rejane Santa, coordenadora do Banco de Leite.

O leite humano doado é pasteurizado e encaminhado para os bebês da UTI Neonatal do HGCC

Pedro Henrique é o primeiro filho de Francisca Graça Richelle, natural de Jaguaribe. Ele nasceu no dia 21 de janeiro, com 30 semanas e cinco dias de gestação. Desde então, está na UTI Neonatal. Como precisou fazer dieta zero, a mãe está doando leite para outros bebês que precisam. “A doação é muito importante, pois, às vezes, tem criança que não consegue tomar leite da mãe. As que têm, podem doar e fazer a diferença”, reconhece Richelle.

Para doar ao HGCC, basta entrar em contato com o Banco de Leite pelo número gratuito 0800 286 5678 ou ainda enviar mensagem, via WhatsApp, para o número (85) 99421-9941.

As mães que desejam doar leite materno para ajudar na recuperação dos bebês hospitalizados podem estocar o leite em vidros de café solúvel esterilizados. O leite deve ser conservado no congelador por até 10 dias.

Locais da Rede Sesa que necessitam de doação

Teresa Fernandes e Wescley Jorge – Ascom HRN e HGCC – Texto
Teresa Fernandes, Aline Costa e Thiago Freitas – Rede Sesa – Foto

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