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Estudo aponta que IA no RH beneficia 93% das empresas com economia de tempo e 67% com redução de custos

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Com a crescente adoção de inteligência artificial (IA) e automação, a gestão de pessoas está se transformando em um setor cada vez mais estratégico, eficiente e centrado no colaborador. De acordo com uma pesquisa realizada pela Caju, empresa especializada em soluções para gestão de RH, em parceria com as startups Comp e Pipo Saúde, 47,8% das empresas brasileiras já utilizam IA em seus processos. O levantamento contou com a participação de 196 profissionais de RH de diversos setores e regiões do Brasil.

Para Kássia Sales, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-CE), “a tecnologia não substitui o humano, pelo contrário, ela empodera o gestor de pessoas a focar em desenvolvimento e experiência”. Além disso, Kássia cita que grandes empresas brasileiras estão integrando “algoritmos preditivos e chatbots aos seus processos, com foco em eficiência, desenvolvimento interno e talento estratégico”.

Automação e people analytics

Além do recrutamento, o RH automatiza tarefas rotineiras, como folha de pagamento, suporte via chatbot, controle de benefícios, liberando tempo para ações estratégicas. Um estudo realizado pela Careerbuilder, em 2024, revelou que 93% das empresas com automação relatam economias expressivas de tempo, e 67% reduções nos custos operacionais.

Além disso, plataformas de IA têm oferecido análises preditivas que identificam a taxa de rotatividade de funcionários, lacunas de competências e até risco de burnout, permitindo intervenções antecipadas, enriquecendo a experiência do colaborador e fortalecendo a retenção.

Assistentes virtuais e chatbots oferecem respostas imediatas a dúvidas sobre vagas, benefícios e políticas, elevando a satisfação interna. Ou seja, com o uso de soluções adaptativas de aprendizado é possível aplicar programas de desenvolvimento conforme o perfil do profissional, acelerando a assimilação e fortalecendo a curva de crescimento.

“A tecnologia devolve tempo ao RH, seja para ouvir, desenvolver e humanizar. Portanto, a automação tira o peso do operacional, permitindo que os profissionais de Recursos Humanos concentrem seus esforços no engajamento, gestão de cultura e desenvolvimento dos colaboradores”, ressalta Kássia Sales. Em contrapartida, a presidente reforça a importância do equilíbrio. “Ainda que grande parte das empresas usem IA em recrutamento e outros processos, precisamos garantir que a tecnologia complemente e não substitua o julgamento humano”, enfatizou.

Transição
A integração de sistemas e a capacitação dos RHs ainda são desafiadores, uma vez que muitas empresas concentram-se mais na aquisição de ferramentas do que em treinar seus times para interpretar insights com visão humana.

Para Kássia Sales, presidente da ABRH-CE, é importante que as empresas invistam em soluções tecnológicas, “mas promovam capacitação tecnológica e criem grupos éticos que garantam transparência no uso de dados, ao se utilizar dessas ferramentas”. “O futuro da gestão de pessoas é híbrido e uma via de mão dupla; a tecnologia cuida do operacional e o RH se volta ao que mais importa: as pessoas”, conclui.

Fonte: ABH-CE

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